MODELOS DE ESPUMAS ACÚSTICAS

Sobre espessuras e densidades já temos este artigo, mas em questão de modelos, iremos encontrar as espumas acústicas com os modelos perfilados (também chamados de ondulados, ou seja, com geometria), os modelos lisos, e os modelos com acabamento em tecido.

As espumas acústicas têm ótima absorção nas frequências a partir de 400 Hz, isso significa que temos que tomar cuidado em sua aplicação, pois se colocarmos uma espessura muito grossa (acima de 40mm), dependendo do ambiente, como um estúdio por exemplo, eliminamos as frequências de vozes e instrumentos musicais nas frequências que ela opera (=>400Hz), tendo dificuldades nas gravações, deixando a sala “surda” (sem brilho).

Dependendo do fabricante, os modelos ondulados variam em geometria (formas), mas em geral, são modelos com desenho em relevo, e todos tem as bordas perfiladas – um chanfro, geralmente em 30 ou 45 graus.

A diferença na espessura está apenas no poder de absorção das reflexões sonoras, quanto mais espesso o material, mais resultado produz para eliminar o eco, mas como falei logo acima, “mata” os médios e agudos, ficando um som sem muita definição e brilho. Temos que tomar cuidado com as espessuras a serem utilizadas num ambiente.

Temos também os modelos lisos, com o mesmo tipo de chanfro utilizado no modelo ondulado, mas, sem desenhos (geometria), são totalmente lisos.

Por fim, os modelos com acabamento em tecido são feitos com espuma acústica de 20mm ou com lã de rocha ou vidro de 50mm.
São materiais que oferecem excelente acabamento e o poder de absorção é muito similar ao modelo liso das espumas com 20mm.
São utilizados em paredes (instalação no teto é muito difícil, por causa do tamanho das placas serem grandes) em salas de reuniões, auditórios, estúdios de ensaio e gravação, estúdios de rádios, Home Theater e similares, e são apenas vendidos em cores.

Os modelos com acabamento em tecido são instalados com perfis de fixação, sendo colocado em todo o perímetro das paredes, contornando janelas e portas e qualquer outro obstáculo nas paredes.

O tamanho das placas varia de fabricante para fabricante, mas em geral tem formatos grandes, como 1350x2700mm, 1200x1600mm, etc.

Os modelos são mais por questões estéticas, geralmente os estúdios usam as espumas onduladas (perfiladas), se bem que estas espumas podem ser adquiridas em várias cores diferentes, embelezando o ambiente, mas quando se trata de sala de máquinas, geradores, ar condicionado, etc, e não requer estética, as onduladas são mais utilizadas, e na cor natural grafite.
PORÉM, tem um detalhe importante, a espumas onduladas tem poder de absorção melhor que as lisas, mas isso em espessuras menores que 30mm, pois acima de 30mm, ambas oferecem absorção similar.
Os modelos lisos são mais requisitados em locais com preocupação estética, além de acústica, claro, como restaurantes, igrejas, salas de reuniões, escritórios, etc, e são mais utilizados em cores variadas, deixando o local bem atrativo visualmente.

As espessuras das espumas acústicas variam de 20 a 75mm, pois espessuras menores de 20mm, o poder de absorção é muito pequeno, não surtindo muito efeito para eliminar a reverberação (eco), por isso que não são indicados para tratamentos acústicos.
Quanto mais espessa (grossa) for a espuma acústica, maior será o poder de absorção. As espumas de 20mm / 25mm tem pequeno poder de absorção, e são utilizadas em locais que requer pouca absorção, com pouca reverberação. Por exemplo, em um estúdio de gravação, as espumas de 25mm poderão ser utilizadas nas paredes, mas no teto deverá ter espumas mais espessas, como 35 ou 45mm, pois o teto é o principal ponto de absorção das reflexões de som em qualquer ambiente.

Acima de 50mm de espessura, os modelos ondulados são geralmente os mais utilizados, pois tem excelente poder de absorção e são mais baratos que os lisos, e indicados para casas de máquinas de compressores e geradores de energia elétrica, ou equipamentos no mesmo nível sonoro de ruído.

Já os 75mm, são bem espessos e de pouco uso, apenas em locais que requer muita absorção sonora, ou ainda, apenas em pequena quantidade em tetos, misturados com outros revestimentos mais finos ou isolados, mas para isso deverá ser feito cálculos de absorção para não colocar muito revestimento, pois podem deixar o ambiente “surdo” (sem vida) acusticamente falando (mata as frequências médias e agudas), ou se tiver pouca absorção, ainda resultará em reverberação (eco) no ambiente.